quarta-feira, 18 de agosto de 2010

- Comemoração.

  E constrariando a todos os aniversários já vividos, esse sim, posso dizer que jamais será esquecido.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

- Envelheço na Cidade

    Uma pequena comemoração, alguns amigos em casa. Risos, e várias conversas jogadas ao vento. Bolo, refrigeantes, pessoas agradáveis, tudo de bom para começar mais um ano de vida...

Mais um ano que se passa
Mais um ano sem você
Já não tenho a mesma idade
Envelheço na cidade
Essa vida é jogo rápido
Para mim ou pra você
Mais um ano que se passa
Eu não sei o que fazer
Juventude se abraça
Se une pra esquecer
Um feliz aniversário
Para mim ou pra você

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

- Play my music when the sun sets

   Como quero correr descalço e sentir a natureza ao meu redor, o vento batendo levemente em meu rosto. Poderia eu adentrar na floresta vazia, tendo como única companhia meu velho violão que ainda tira algumas notas. Assim me livraria desse mundo onde as pessoas só pensam em machucar, magoar, matar ... Fugiria com a roupa do corpo, de preferência com o vestido que bordei, com fitas azuis de um céu não salpicado de nuvens, com babados e rendas; o mais lindo que pude produzir em toda minha vida.
   E assim, correr livremente, tendo como escolher por qual caminho trilhar. Poderia asssim finalmente tocar minha música, sentada em baixo de uma árvore gigante bem no centro da mata, cantar com toda minha alma enquanto o sol se põe.

- Eu , uma observadora fora de mim.

Duração de poucos segundos
A alma fora do corpo
Eu ao longe, observando minha imagem
Em sã consciência me vejo refletindo
Seria possível estar fora de mim?
Crio análises, constituo conceitos
Não chego a lugar nenhum
Num suspiro profundo, abro os olhos
Surge uma estranha sensação
Foi sonho, ou real?

domingo, 15 de agosto de 2010

- Morrer - Dormir - Nada mais.

   Quem me dera, ao final de minha amarga vida poder contemplar todo o meu passado, analisando uma obra de arte, não tão bela como o de costume.
   Poderia eu, lembrar-me da infãncia, e das crianças que conviveram comigo (muitas das quais eu nem me lembro mais). Relembrar as brincadeiras que alegravam meus dias, que me deram várias quedas e causaram inúmeros hematomas em minha pele.
    Ah, como eu queria sentir a leve brisa da primavera novamente, na verdade gostaria por breves instantes voltar no tempo e aproveitar mais minha juventude, poder saborear das delícias da minha época. Poder reviver alguns dos meus romances (que não foram muitos), gostaria de ser o aveso do que fui ... seria bom se pudesse reescrever minha história, para quem sabe construir um novo final, mas sei que isso é mais que impossível.
   É justamente nessas horas (no fim da vida) que sinto falta de companhia, sempre preferi viver solitariamente, sem um grande amor, apenas com a presença de alguns amigos, que foram tomando seus próprios rumos, e aos poucos fomos perdendo contato. Sinto falta da família que um dia eu pude dizer que tive (e agora não mais), que por minha ousadia e meu orgulho acabaram me distanteando dessas pessoas que realmente me amavam.
   Percebo o quão egoísta fui para com os outros e até mesmo comigo mesmo... Afastei pessoas, acumulei rancores... Não chorei em muita das minhas perdas ao longo da vida. Posso dizer que a única vez que chorei compulsivamente foi quando descobri, meio que indiretamente que minha mãe havia falecido, não pude ao menos me despedir, e pedi perdão pelos meus atos que a matavam pouco a pouco. Ela se foi jovem, partiu sem adentrar em sua velhice. Como eu sofro por tudo isso. Queria tanto mudar essa parte dolorosa da minha vida (Principalmente essa parte).
   Eu, que sempre quis ter tudo, deixei passar o mais importante, perdi o valor da existência, a essência do ser humano. Agora estou eu, doente, sozinha, no fim da vida. Gostaria ter como último desejo, sentir o aconchego da pele de minha mãe, que abraçava-me e me dava um beijo de boa noite. E assim, dormir feliz, mas sem sonhar.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

- The tune will come to you at last

Murmuro no escuro, apenas eu, minha voz.
O som que ecoa, aos poucos se transorma num vazio.
Minha canção triste vai sendo transportada pela alma,
Levada pelo vento chegando a lugares inóspitos.
Somente assim, sem ao mesmo me conhecer,
Minha melodia chegará a té você

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

- Charta's

 Muitas escrevidas, poucas enviadas, algumas recebidas...
 Cartas, que guardam segredos, que trazem consigo diferentes sentimentos.
 A elas recorremos quando a saudade aperta. São elas que ficam depositadas em caixas de presente, na mémória, no coração ...
 Em pensar que elas apenas contém palavras, que serão esquecidas no tempo, que trazem uma intensidade de afeto e carinho de pessoas que passaram por nossas vidas.
 Uma felicidade, uma decepção um textinho simples que deixa gosto de quero mais, vontade de descobrir o que há por trás de uma história, de conhecer se o final foi feliz ou não...
 Meras Cartas que nos enchem de curiosidade, de saudade e que nos dá um prazer a mais pra viver...