segunda-feira, 20 de setembro de 2010

- Urbana, Legião. Love Song

Pois nasci nunca vi amor
E ouço dele sempre falar.
Pero sei que me quer matar
Mais rogarei a mia senhor
Que me mostr' aquel matador
Ou que m'ampare del melhor.

domingo, 19 de setembro de 2010

terça-feira, 14 de setembro de 2010

- Frases Frias

Tento escrever palavras que confortem o meu coração amargurado,
mas não consigo escrever mais que  frases frias,
frases cheias de sofrimento, angústia e tensão.
Não é possível encontrar mais lágimas em meus olhos,
todas as que possuía, deixei escorer em minha face,
borrando minha maquiagem negra, demonstrando dor.
Dor que entrelaça nas minhas entranhas,
me faz entrar em transe,
como se estivesse ingerindo um alucinógeno.
E mesmo assim, estando triste, 
tento esqueçer o que me trás sofrimento.
Afogo-me  nas emoções de outrora, 
onde a esperança é a última chama acesa.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

- Embalos de um rítmo novo

   Dançar, eis ai uma das coisas que eu realmente gosto de fazer. Na verade gostaria mesmo é de aprender a dançar, bailar radiosamente, emocionando pessoas, fazê-las chorar.
   Queria eu sentir-me feliz com meus passos, expressando os sentimentos através dos meus movimentos, demonstrar tudo aquilo que não mostro, apenas escondo.
   De uma simples valsa de formatura a um belo e sedutor passo de tango (O Tango de Roxete) poder demonstrar a grandeza dos rítmos que em envolvem e me transporta aos sonhos que um dia vão morrer para se tornarem realidade, ou não.
   Meu sonho é baseado nos embalos, no desejo de se tornar uma bailarina de caixinha de música, toda delicada; ou numa dançarina de flamenco, com suas castanholas, com a expressão forte e dominadora. 
   Gostaria mesmo é de conhecer a fundo as origens da dança (mesmo sendo impossível) saber um pouco de cada passo, cada cultura... saber dançar um pouco de tudo, causar espanto, fazer com que mais pessoas sonhem esse meu sonho, embalado num rítmo novo; transformador, acolhedor, capaz de trazer esperiências inexplicáveis.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

- Faces Recortadas de um Eu solitário

   Hoje descobri em meio a longas horas de convesa comigo mesma que sou mais e uma. Sou uma personagem de uma peça teatral com múltiplas faces, várias histórias e possivelmente tenho vidas dentro da minha vida, essas, que aos poucos pertubam, mas confortam meu ser.
 Tive certeza dessa minha suposta teoria, quando comecei a falar com pessoas de “N” gostos diferentes e outros parecidos com os meus. Assim como uma parasita, vou me aperfeiçoando a esses gostos e maneiras de pensar, tornando um pouco mais amigável, um tanto compreensiva, mesmo não aceitando todas as idéias discutidas.
 Alimento-me das idéias dos outros, como ladra de sonhos e desejos? Espero eu que não...
  Tenho faces recortadas, que estão costuradas em meu interior, mas da onde elas vieram? Elas podem ser fragmentos de vidas anteriores, pedaços de um eu que se perderam, a junção do que eu realmente sou...  Mas, qual delas sou eu? Sou o conjunto de todas elas? São perguntas das quais não terei resposta...
   Acho que estou presa nos meus personagens, minha vida é uma peça teatral incompleta, inacabada. Deve ser por esse motivo que me apego tanto as Artes Cênicas. Acabo concluindo que sou todos esses seres, meus outros eu não vivem sem mim, e nem eu sem eles. Somos muitos entro de um mesmo corpo, que reage diferentemente a cada experiência vivida.
   Assim, um eu solitário, rodeados de outras de mim, vai se aperfeiçoando, às vezes mentindo e enganando, disfarçando todas as faces escondidas. Fazendo o mistério pouco questionado, deixando apenas escapar: - Sou uma incógnita indecifrável.

sábado, 4 de setembro de 2010

- Compulsividade Cinéfila

   Dentre todos os meus vícios (que são muitos) tenho um em especial, a louca vontade se assistir filmes compulsivamente. Descartos os filmes de terror, esses que me dão um medo daqueles e procovam em mim várias crises de insônia. Prefiro os de suspense e os dramas, que são mais apaixonantes que as comédias e os romances (que se tornam melosos de mais).
   Pra dizer a verdade amo os filmes antigos, os épicos; principalmente aqueles que você assiste e não se cansa, chega a ver duas, três vezes na semana, analisando detalhes: figurinos, falas, atuação. Com esses filmes posso refletir, posso encontrar coisas que passam despercebidas ao primeiro olhar.
   Filmes são como livros, alimentam o meu ser. Me tranposrtam pro momento narrado, mas não podendo interferir no roteiro.
   Paro, penso, analiso; a vida bem que poderia ser retrocedida, pausada ... mas não é. Até que seria bem interessante comandar a vida com um controle remoto nas mãos. Poderia com isso desvendar os segredos mais profundo e submersos das pessoas.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

- Aborto de poesias ácidas

   Eu não escrevo as mais doces e belas palavras que muitos gostam de ler. Não exponho os sentimentos, principalmente o amor, (esse que acho que não possuo). Afinal, dentro de mim não há um coração para bombear o sangue, mas sim um relógio que faz a vida escoar pelas areias do tempo sem se peocupar com gostos, atos e gestos de outrém.
   Preocupo-me em descrever nos mínimos detalhes as minhas armaguras, os momentos de solidão constantes, que se tornam meus maiores prazeres.
   Escrevo aquelas palavras obsuras, as poesias ácidas censuradas pelos homens e mulheres que buscam se expressar na beleza e esquecem o momento permanente das trevas em que vivem. Posso dizer que admiro a tragédia e a vingança, essas, que são vistas como total repugnação. Me impressiono fácil em deparar com pessoas que pensam assim como eu (mesmo sendo poucas) e me conforta em saber que não sou a única que defende esse modo triste e frio de enxergar a vida.
   E as divagações que faço se perdem na imansidão das palavras insanas. Enquanto pra outros se acumulam sonhos, planos e desejos (que podem nunca ser realizados). Fica permanentemente assim, palavras rabiscadas com intuito apenas de expressar a monotonia constante de um ser vegetativo, assim como eu. Um aborto de poesias presas nas gavetas podres e quase despedaçadas com desenhos de nanquim.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

- Orgulhosa senhorita solitária

  No vácuo dos meus olhos,
Não oculto menhum segredo.
Me restaram apenas figuras do passado, 
Essas que ainda me assombram. 
Nessa solidão sobrevivo,
Alimentando-me do meu único remédio.
O orgulho que penetra minhas entranhas.
Assim, sempre só.
Rodeada de devaneios.