quinta-feira, 29 de setembro de 2011

- Mente e Alma.

Tudo está sombrio, o sol já não nasce, seus raios não fazem mais questão de iluminar meu ser. Gostaria de descartar rapidamente toda escuridão que me toma, mas como?
Estou perdida, com inúmeras incógnitas que não são reveladas tão facilmente. O mistério é a parte mais assombrosa de tudo. É difícil encarar essa situação, mas não encontro saída desse mundo superficial que eu mesma criei e agora me confundo se ele faz ou não parte da realidade, mas como saber?
O tempo é algo que me atormenta, esperar só me angustia e me faz crer em coisas que eu não tenho certeza e imaginá-las reais, uma realidade até então inexistente mas presente, com medo de comprová-la, é possível?
Só consigo pensar e viver dolorosamente, carregando um fardo que permeia meu psicológico, temendo e esperando que tudo termine em sangue.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

- Itapeva, 21 de julho de 2011

Gostei muito das begônias que chegaram hoje de manhã. Como você adivinhou que essa é a minha flor preferida?. Não lembro de ter comentado isso contigo, aposto que tem dedo da Gabi nessa história, ela deve ter te contado... Mas isso não importa, fiquei realmente agradecida.
Pensei que nunca mais teria notícias suas, afinal, aquela nossa discussão, não foi agradável para ambos. Ah, as flores foram um pedido de desculpas?, só constava no cartão seu endereço as seguintes palavras: - Sinto Muito. Venho dizer-te, não se preocupe, aquele dia passou, ambos estávamos alcoolizados. Palavras saem desnecessariamente quando estou nesse estado, você sabe perfeitamente disso. Se houve erro, foi de ambos, então, também devo-lhe desculpas. 
Nos veremos novamente, pra desfazermos esse mal entendido e voltarmos a rir como antes? Espero que ainda tenha meu telefone pra marcarmos algo. Devo dizer-te que joguei fora seu número e as demais coisas que me deste, principalmente aquele guardanapo todo decorado que mandou pra minha mesa no dia em que nos conhecemos. Digo-lhe, a raiva foi muita naquele dia que não pensei duas vezes...
Envio-lhe esse bilhete pois não achei que seria uma boa ideia aparecer ai sem avisar. Espero ver-te novamente antes de partir, visto que em poucos dias estarei voltando pra Ponta Grossa.

Desculpe-me novamente,
um beijo, aguardo notícias suas.

- Termo

Não vou sequestrá-la, nem violentá-la, nem torturá-la
Não vou espancá-la, nem  puni-la, nem castigá-la
Não vou matá-la.

Será que é tão difícil confiar?

domingo, 3 de julho de 2011

- Inexpressivo


ando escrevendo pouco,
tenho apenas umas linhas vazias
sabe,
falta algo
falta tempo
falta espaço

sábado, 11 de junho de 2011

Nexo 1

Era uma vez, uma história cheia de blá blá blá, que só enrolavam as pessoas e faziam-as esquecer que a vida passa e que não adianta alimentar-se sonhos e fantasias...

sábado, 4 de junho de 2011

- Transcrição

Não posso perder minhas mãos e nem o movimento dos dedos, preciso deles para escrever, necessito deles pra sentir...

Estava a 2:00 hr esperando para ser atendida, havia várias pessoas feridas na minha frente e apenas um médico para atender tantas pessoas. Eram ao todo 36 acidentados esperando, os casos mais complexos foram passados na frente.
O ônibus em que eu viajava cortava a noite com seu farol, em uma das das curvas a tal fatalidade aconteceu, o motorista não resistiu a batida do caminhão de toras de madeira que vinha em nossa direção, o impacto foi tão grande que ele nem deve ter sentido a morte.
Lembro-me que estava lendo algumas anotações quando tudo aconteceu, fomos lançados para fora da estrada, capotamos algumas vezes. Os gritos soavam forte, pensei que naquele momento a morte me encontraria e me levaria ao seu recinto, mas não, ela trocou o enfoque e levou à moça que estava sentada ao meu lado, lembro-me do sangue escorrendo por sua orelha direita, a cadeira prensada em sua cintura e dos olhos esverdeados arregalados que me dão angústia de imaginar até hoje.
Os primeiros passageiros do ônibus também não resistiram ao impacto que foi realmente destruidor. Eu me agarrei à minha bolsa e esperei o pior como sempre, estava sem cinto de segurança, o que me fez ser jogada juntamente com bagagens e outros passageiros de um lado para o outro. De todos os meus medos, creio que esse foi o pior.
Depois de algumas "cambalhotas" analisamos o estrago, dos 50 passageiros, 14 estavam mortos, parecia que estávamos vivendo num filme de terror.
Não sei totalmente o que houve após a tragédia, minha perna esquerda estava quebrada, minha costela doia, havia sangue em quase todo meu corpo e não sentia as minhas mãos, apaguei. Lembro-me de um rapaz, também passageiro com um corte um tanto quanto profundo na fronte, que me retirou do ônibus. Eu não conseguia me mexer, parecia que o corpo todo estava fora do lugar.
Fomos levados aos poucos, revezando uma equipe bem pequena de enfermeiros que nos levaram a cidadezinha de Sengés, mas como a saúde pública é realmente um problema, ainda mais em dia festivo de feriado havia apenas um médico e seis enfermeiros no pronto socorro para cuidar de 36 pessoas com os mais diversos tipos de ferimentos, a pretensão era de não deixar ninguém morrer. Passaram os idosos e crianças primeiro, em seguida, os casos de cortes mais graves e por último ficaram as lesões superficiais não tão profundas, como era o meu caso.
A sala de recepção estava lotada e em péssimas condições, aliás, o hospital inteiro estava despreparado para aquela situação de emergência. Faltavam macas, atendimento, equipamento, faltava tudo. Queria sair dali, mas não era possível, não tinha sequer uma unidade para me levar a outra cidade. Não estava preocupada com a minha perna, ou com os hematomas em minha pele, preocupava-me apenas com as minhas mãos, eu não as sentia.
Ouvi um enfermeiro comentar: - Aquela moça está preocupada apenas com as mãos, mãos não servem pra muita coisa, o pior é o estado em que o corpo dela se encontra. Queria cortar aquelas palavras, mas não tive forças. Sem as mãos não poderia escrever, não faria aquilo que mais gosto...
Eram 3:00 hr da madrugada quando adentrei na sala suja, onde o Dr. Dropa trocava suas luvas manchadas de sangue por outras novas. Supliquei para que ele esquecesse os ferimentos do corpo, para que salvasse as minhas mãos. Ele pegou-as fez testes e as palavras ríspidas soaram feito trovão em meu ouvido: - Elas não voltarão, disse-me que poderia fazer fisioterapia, que elas estavam dormentes e que possivelmente esse quadro não revertesse. Lágrimas escorreram. Não ligaria se fosse qualquer outra parte do corpo, queria apenas manter os movimentos flexíveis dos meus dedos. A noite foi longa naquele 21 de Abril, algumas mortes, inúmeros feridos, preces e agradecimentos à Deus pela continuidade da vida. Eu também agradeci, porém, com um pouco de desdém, queria os movimentos mais preciosos que perdi.
Recuperei-me aos poucos das outras lesões, fiz muitas sessões de fisioterapia que não tiveram resultado.
Retomo hoje as palavras que gostaria de ter dito ao enfermeiro daquela noite, agora palavras modificadas: - Você realmente estava certo, mãos podem não servir pra muitas coisas, é possível sobreviver sem elas. Porém, elas foram úteis para mim enquanto eu ainda podia movimentá-las. Espero que um dia não as perca, pois exercer sua profissão sem elas não seria possível, assim como de início, pensei que exercer minha profissão de escritora também não fosse.
Este é o primeiro texto que "escrevo" com outras mãos, com as mãos de minha irmã, aquela que tanto me incentivou a continuar imaginando histórias. Histórias que elas transcreve para o papel.
Não me sinto tão inútil como pensei que sentiria, afinal, como dizem os mais velhos: "Há males que vem para bem", o acidente auxiliou na aproximação com minha família, posso dizer: - Afinal, o que são as mãos diante de uma vida!?

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Outono, 2011

Frio, uma garôa caindo bem de leve, braços dados e um cobertor nos unindo. O que mais poderia querer?
Afastados da civilização, no meio da mata, contemplando a tal beleza da natureza, era o silêncio que nos alimentava e nos preenchia de satisfação. Éramos nós, as aves que passavam sobre nossas cabeças e o sol que estava se pondo para reinar a noite encoberta de estrelas.
Estávamos sentados na beira de um penhasco, ao nosso lado, umas duas garrafas de vinho, as palavras que soltávamos eram quase sempre pausadas, na maioria das vezes captadas por um olhar. Não precisava dizer muita coisa, sabíamos exatamente o que se passava...
As mãos congelavam, o corpo ficava trêmulo, o vento fazia a pele cortar; havia apenas um cobertor pra dividir e outras mão pra se juntar, a vontade de ir embora era nula, ficamos fitando o céu entre beijos e risos que ecoavam naquele horizonte encantador. Era a vontade de pausar o momento, de equalizar sentimentos e viver aquilo para sempre. 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

- Desordenação.

A cada dia que passa percebo que estou ainda mais confusa, é o simples fato de querer tudo e não possuir nada, de pensar no presente e não criar vínculos futuros. É a questão do viver para o agora, para o momento e deixar as oportunidades escorrerem pelos dedos das mãos. É o desejo de guardar grandes recordações numa pequena caixa que mal cabe nossos próprios sentimentos...
É a vontade de estar atenta a tudo e não deixar nada passar despercebido com o piscar dos olhos, é o momento que vira fotografia na memória. É a necessidade de expressar emoções e fazer as palavras se dissiparem, é o ter que escolher entre o certo e o duvidoso e não achar a saida. É a angústia dilacerando a alma fazendo as idéias ficarem perturbadas...
É a perda do foco, da certeza, da clareza, nada mais.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

- Fragmentos de memórias.

O velho coreto, pedaços do que um dia foi um balanço e o canteiro de rosas, agora com flores murchas. Pensamentos paralisados, meus olhos fixados no camafeu preso em minhas mãos. A agonia que sufoca...
Meus dedos procuravam explorar todos os contornos daquela figura que fora delicadamente trabalhada em meu pingente, tentava na verdade relembrar os tempos que trazem gosto de mel aos lábios, gosto esse que a muito tempo não sinto e nunca mais sentirei... Todo o meu ser está perdido em alguma parte do que um dia foi vida, do que um dia foi um enlace e a única coisa que me alimenta é a nostalgia presa em casa gesto, aroma e emoção. Estou presa no passado, meu presente deixou de existir com a sua partida.
Percebo que a paisagem não é mais a mesma, a beleza contida naqueles anos ficou congelada em minha memória, são poucos os vestígios de um verão glorioso. O que realmente fica são as lembranças dolorosas, que dilaceram meu peito, que me faz chorar e ter que suportar a sua ausência. Hoje faz seis anos desde sua partida e eu continuo aqui, respirando aromas não mais adocicados, esperando sua volta para enfim partir-mos juntos.

terça-feira, 15 de março de 2011

- O noivado do meu melhor amigo.

Tic tac tic tac, e os ponteiros no relógio vão andando cada vez mais rápido, o tempo é algo muito curto para os ansiosos assim como eu. Meu coração estava disparado, sentia algo parecido com uma angústia misturada com saudade, saudade decorrente de quatro anos de ausência. Faltavam apenas 12 minutos para as 20horas, 12 minutos para o mais célebre dos reencontros... Iria encontrar o Eduardo, meu melhor amigo, meu irmão de mães separadas.
Comecei a estralar os dedos, coisas que eu geralmente faço quando estou nervosa e principalmente ouvir a campainha tocar mesmo no silêncio mais absoluto, digamos que a minha cabeça funciona de mais quando estou nesse estado, chega até ser engraçado. Vestido preto, salto alto, cabelo solto, olhos bem marcados e batom vermelho, eu estava me sentindo linda (coisa que quase nunca acho de mim) fixei meus olhos no relógio e nada dele chegar...
Hora exata, e o canto do pintassilgo indicava que o Eduardo estava atrasado (como de costume). Desde que nos conhecemos ele sempre me deixava esperando por uns longos 10 minutos que pareciam uma eternidade, e como odeio atrasos acabávamos discutindo por mais 10 minutos, isso indicava o nosso atraso em conjunto que variava de 20 a 30 min, mas isso não vem ao caso... Eu ainda tinha esperança de que ele chegaria no horário marcado, mas me equivoquei, esperava que assim como eu, ele gostaria de compensar logo esse tempo perdido.
15 min de atraso já é muita coisa (ao menos pra mim), peguei o celular e comecei a ligar pra ele feito uma loca, daquelas em estado gravíssimo de descontrole e nada do desgraçado, filho da mãe atender aquela merda. Naquele exato momento eu pensei “Eu te mato Eduardo Pinheiro”, juro que a minha vontade era ir à casa dele, mas não me rebaixei a esse estado. Resolvi aguentar mais uns minutos antes de estourar de raiva, acho que ao todo foram umas 30 ligações feitas, mas nenhuma atendida.
Meu stress se transformou em decepção, me senti uma inútil e sem valor e ainda tive que suportar a risada irônica da minha irmã tirando com a minha cara, e gritando pra todos ouvirem que eu tinha levado o maior Bolo da minha vida (não tiro a razão dela, foi bem isso que aconteceu). Percebi que não teria companhia pra sair tomar meu drink de abacaxi com champanhe e nem comer queijo provolone, me arrumei à toa, pra encontrar uma pessoa querida que não deu valor nenhum a nossa amizade, o estágio da depressão se instalou em mim e a única coisa que me conforta quando estou assim é um belo e gigante sorvete de pistache.
Tirei a maquiagem, o salto alto, o vestido; coloquei roupas folgadas e meu all star desbotado, sai de casa e fui à sorveteria, lá eu sabia que iria ficar melhor. No caminho encontrei várias pessoas conhecidas, mas nenhuma delas me fez ao menos deixar de lado o ocorrido. Entrei na sorveteria encontrei uma amiga que há muito tempo não a via, ela veio ao meu encontro com brilho nos olhos, com todos os gestos de carinho (coisa que eu esperava ter acontecido com o Eduado), sentamos juntas e saboreamos o melhor sorvete do mundo, dentre tantos assuntos nostálgicos desencadeamos nas histórias do presente, que nos levaram a falar do Edudz (como chamamos o Eduardo de forma carinhosa), foi até que ela disse que ele tinha ficado noivo.
Fiquei muda, sem reação, o sorvete começou a derreter e meus olhos ficaram imóveis, fixados na expressão da Lizze me contando aquela notícia desastrosa. Do nada eu comecei a rir, aquela gargalhada bem nada a ver com a situação e ainda disse que aquela tinha sido a melhor piada de todos os tempos. Ela sorriu, pude perceber que por detrás daquele sorriso amarelado continha uma realidade ainda não conhecida, foi assim que caiu a fixa e deparei-me com a verdade segundo a versão dela.
Paralisei novamente, dessa vez senti minhas pernas tremerem e uma leve lágrima escorreu pela minha face. Ter ido à sorveteria não me trouxe um pingo de felicidade, apenas mais angústia. Eu só esperava que como sendo a “melhor amiga”, ele contaria sobre o tal noivado e não me deixaria esperando feito uma idiota. Fui pra casa aborrecida só de pensar que ele casaria com uma qualquer que eu nem ao menos conhecia...
Dia seguinte, acordei com um feixe de luz batendo em meus olhos e aquela dor de cabeça terrível, passei o dia calada e todos estranharam, mas não ousaram dizer uma palavra. Passado algum tempo a campainha de casa tocou, fui abrir a porta, era ele...
Milhões de coisas se passaram em minha mente, mal abri a porta já fui recepcionada com um abraço (aqueles de alívio), e um sussurro no ouvindo dizendo desculpas. Como de costume, novamente fiquei sem reação. Abri um sorriso, e dei-lhe um tapa no rosto e descarreguei um turbilhão de palavras (acho que ele até esperava por isso).
Ele ouviu atenciosamente cada palavra, seu único movimento feito foi o simples sorriso de canto, fazendo a covinha na bochecha aparecer claramente. Após um longo tempo ele me calou, sua mão veio de encontro à minha boca juntamente com as palavras Cale-se. Minha boca foi descoberta, uma caixa foi tirada do bolso, um anel no meu dedo foi colocado e um beijo na minha boca selado. 

sábado, 12 de fevereiro de 2011

- O colocar de máscaras.

    É sempre a mesma coisa, o demonstrar sorrisos e satisfação. Disfarçar a raiva e o descontrole. 
    Assim me sinto, uma intrusa no meio em que vivo; obrigada a colocar a máscara do sorriso perfeito para todos, ser a mais simpática possível, mas, no fundo, bem no fundo, ser o oposto dessa tal felicidade inventada. Conter pra si só o desejo de se tornar visível; uma pessoa cheia de defeitos, talvez com todos os defeitos que se podem encontrar num ser humano.
    Não, mas não, jamais se deve deixar de usar essa máscara, ela é a única que escode a minha verdadeira personalidade. A personalidade que deve viver presa dentro de mim, e que devo esquecer que ela existe.
    Mas, ainda aguardo o meu “Grand finale” aonde a resposta será encontrada na frente de um espelho, após a "queda” dessa camuflagem ridícula (ou não!).

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

- É nessa minha ânsia de acertar, que acabo fazendo tudo dar errado.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

- Palavras que preciso.

  Palavras não são más
  Palavras não são quentes
  Palavras não são iguais
  Sendo diferentes 
Palavras não são frias
Palavras não são boas
Os números para os dias
E os nomes para as pessoas
Palavras eu preciso
Preciso com urgência
Palavras que se usem
Em caso de emergência
Dizer o que sente
Cumprir com uma sentença
Palavras que se diz
Se diz e não se pensa
Palavra não tem cor
Palavra não tem culpa
Palavra de amor
Pra pedir desculpa
Palavras doentias
Páginas rasgadas
Palavras não se curam
Certas ou Erradas
Palavras são sombras
As sombras viram jogos
Palavras pra brincar
Brinquedos quebram logo
Palavras pra esquecer
Verso que repito
Palavras pra dizer
De novo o que foi dito
Todas as folhas em branco
Todos os livros fechados
Tudo com todas as letras
Nada de novo debaixo do sol.

                                                                 Titãs

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

- O velho jogo do faz de conta

  Faz de conta que somos livres, que temos uma varinha de condão para mudarmos o mundo. Faz de conta que tudo é diversão; que não existe mais brigas, angústias, medo e dor. Faz de conta que no fim do arco-íris tem potes de doces ao invés de ouro para ganância de alguns ... Faz de conta que foram extinguidos os maus pensamentos, as violências, as catástrofes. Faz de conta que vivemos num país que é realmente de todos, e não apenas dos mais favorecidos. Faz de conta que todos somos iguais e que as diferenças já deixaram de ser um Tabu. 
   Faz de conta que o faz de conta nunca se acaba e que a fantasia deve estar sempre instalada em nossas mentes.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

- Serviçais

   Altas horas de serviço, trabalho incessante e patrões que julgam e exploram seus humildes trabalhadores.
   Ganham uma miséria, trabalham feitos condenados e fazem de tudo para agradar, esforçam-se em deixar tudo em estado perfeito para não receber reclamações (o que na maioria das vezes não acontece).
  Limpam o jardim, a casa, arrumam a cama, cuidam das crianças que sempre estão fazendo bagunça, consertam utensílios, fazem tudo e não recebem ao menos um muito obrigado.E ficam assim, a limpar, organizar, sem poder cansar ou reclamar; obedecendo as ordens de seres "não-humanos" que se dizem superiores. 

sábado, 1 de janeiro de 2011

- 2011

   Meu ano começou relativamente bom. Afinal cair de joelhos duas vezes é uma proeza mesmo. E só pra lembrar o meu joelho não é nenhum pouco detonado.