sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

- Diálogo de Sardas*

    "A lua que eu vi morrer nesta manhã cravou um botão no céu sobre o asfalto, retirou do espaço seu ar em vácuo e germinou uma moeda viva. Fiquei a olhar aquela enorme lua, crua, nua como uma bruxa que foi feita fada. Fixei a paisagem com respeito e medo, pois da dramaticidade plástica do solo magno pendia uma marca tão evasiva que havia drástica. Entre a lua e você há um diálogo de sardas. Uma música feminina que não compreendo inteiramente, mas sei que o seu efeito eu gosto e quero, você que lá brilhava."

* Drês- Nando Reis

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